sexta-feira, 30 de março de 2012

A história de uma biblioteca


OS NÚMEROS DO IBGE PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL NO RS SÃO ALARMANTES

505.824 população de 0 a 3 anos do RS
114.545 População residente que frequenta a pré-escola ou creche de 0 a 3 anos
391.279 Número de crianças de 0 a 3 anos fora das creches no RS
276.000 População residente no RS de 4 ou 5 anos
161.819 População residente no RS entre 4 a 5 anos que frequenta escola ou creche.
114.181 Número de crianças de 4 a 5 anos fora da pré-escola no RS
140.405 População de 6 anos de idade residente no RS
127.586 População residente que frequenta escola ou creche – grupos de idade – 6 anos
12.819 Número de crianças de 6 anos fora da pré-escola no RS

(391.279 + 114.181 + 12.819 = 518.279)

518.279 total de crianças de 0 a 6 anos fora da creche ou pré-escola no RS.

Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: MEC/INEP – Censo Escolar da Educação Básica 2011
Fonte: Projeto IBGE/Fundo de População das Nações Unidas – UNFPA/BRASIL (BRA/98/P08), Sistema Integrado de Projeções e Estimativas Populacionais e Indicadores Sociodemográficos.

Saiba mais sobre a Educação no Brasil

O Guerrilheiro Heróico



A famosa foto de Che Guevara, conhecida formalmente como "Guerrilheiro Heróico", onde aparece seu rosto com a boina negra olhando ao longe, foi tirada por Alberto Korda em cinco de março de 1960 quando Guevara tinha 31 anos num enterro de vítimas de uma explosão.
O Instituto de Arte de Maryland - EUA denominou-a "A mais famosa fotografia e maior ícone gráfico do mundo do século XX". É, sem sombra de dúvidas, a imagem mais reproduzida de toda a história expressa um símbolo universal de rebeldia, em todas suas interpretações, (segue sendo um ícone para a juventude não filiada às tendências políticas principais).

Leia mais em:
Metamorfose Digital

Uma imagem vale mais que mil palavras



Eu estou depressivo(…) sem telefone(…) dinheiro para o aluguel(…) dinheiro para o sustento de criança(…) dinheiro para dívidas(…) dinheiro!(…) Eu estou sendo perseguido pela viva memória de matanças, cadáveres, cólera e dor(…) pela criança faminta ou ferida(…) pelos homens loucos com o dedo no gatilho, muitas vezes policial, assassinos(…)                                
Trecho da carta de suicídio de Kevin Carter
                 Este  trecho é de uma carta de suicídio do fotógrafo  sul-africano Kevin Carter(1960-1994) ganhador do premio Pulitzer em 1994. Ele fotografou uma criança faminta, sem forças, rastejando para um campo de alimentação,  há um quilômetro dali.  Ao lado um urubu   observa e espera  a morte da criança  para poder devorá-la,  como  se  já soubesse apriori   e esperasse  a morte chegar. Carter observou durante vinte minutos, achando que o urubu fosse embora, como não foi, espantou-o e saiu rapidamente dali. Nesta atitude está todo o peso de seu sofrimento e suicídio. Ele se culpou por não tê-la salvo e refletiu sobre si mesmo naquela cena: “um homem ajustando suas lentes para tirar o melhor enquadramento de sofrimento dela, talvez também seja um predador, outro urubu na cena”.
           Por que Carter não a salvou? O que ele pensava?  Qual era sua preocupação?  Com um pouco de reflexão podemos entender por que razão ele não a salvou.     Todos nós, filhos da modernidade, somos espectadores de uma experiência empobrecedora que melhor se conceitua como guerra, fome, miséria, repressão e barbárie.  No mundo moderno o mal se tornou comum, é parte da cena cotidiana.  O mal se banalizou. Tornamo-nos insensíveis a desgraça alheia.  Carter, como fotógrafo, acostumou-se a captar o cinéreo, o claustro e o frívolo em suas fotografias.   Acostumou-se a experimentar o mal. Mas pagou um preço alto pela banalização do mal. Quando refletiu sobre a cena,  sentiu náusea,  culpa,  remorso. Suicidou-se.  Foi o preço que ele pagou por sua falta de piedade. Digo piedade, pois é por meio desse conceito que podemos entender Carter. 
             Segundo Rousseau o que diferencia o homem do animal é o fato de ele ser um “agente livre”.  Do ponto de vista moral, ao contrário dos  animais, que seguem as regras da natureza, o homem é dotado de vontade  e tem consciência de sua liberdade. Ele pode fazer escolhas, não se limitando as regras prescritas pela natureza.  O homem é um ser moral, dotado de vontade e de livre arbítrio.  Carter teve que fazer uma escolha moral, salvar ou não salvar aquela criança?  Ele não a salvou, deixou-a aos urubus.  Mas por quê?  O que ele temia? Não sabia que ela ia morrer?  Será que faltou piedade a Carter? 
             Outra característica  que   diferencia o homem do animal, segundo Rousseau,  e que foi responsável  por  torná-lo  bom e sociável,  é a piedade, entendida como uma “repugnância inata de ver sofrer seu semelhante”.    Parece-me que Carter não experimentou esse sentimento.    Sua piedade falhou?  Mas por que ela falhou? Por que ele não sentiu piedade naquele momento?
        A falta de piedade no momento da cena tem uma explicação filosófica. Segundo Theodor Adorno, um dos maiores filósofos do século XX, a principal característica da sociedade de massas não é somente a perda da individualidade, mas a perda da sensibilidade, ou seja, a insensibilidade do homem moderno. Somos herdeiros da apatia burguesa. O homem moderno vai ficando apático aos acontecimentos até se tornar completamente insensível. Ele é convidado a nada mais que compartilhar da experiência brutal e uniforme da modernidade. O progresso técnico e científico em vez de criar um mundo de receptividade e fruição do prazer só gerou a opressão, a miséria e o sofrimento. Nos acostumamos a esse estado de coisas. É a completa reificação do homem.  Todos os dias nos deparamos com mendigos, violência nas ruas, favelas, injustiças, pobreza, fome até nos tornarmos insensíveis ao sofrimento alheio. Essa é uma característica de nossa sociedade de massas.
          Outro fator que asseveramos é o amor próprio.  Para Rousseau é por causa de seu amor-próprio, gerado pela reflexão, que o homem é capaz de pensar primeiro em si e, vendo sofrer seu semelhante, dizer “Morre, se queres; estou em segurança”.  Em seu amor próprio o homem contemporâneo perdeu este sentimento natural de piedade na medida em que o mal tornou-se uma característica da experiência moderna. Dessa forma Carter, como um típico homem moderno, perdeu esse sentimento se acostumando a barbárie de nossa época.          
            Para Rousseau o homem só se tornou homem, ou seja, tornou-se humano pela piedade.  A piedade é um sentimento natural presente em todos os homens. Dessa virtude natural é que resultam as virtudes sociais como  a generosidade, a clemência, a bondade, a benquerença.  É a piedade que nos leva “sem reflexão em socorro daqueles que vemos sofrer; é ela que, no estado de natureza, faz as vezes de lei, de costume e de virtude, com a vantagem de que ninguém é tentado a desobedecer a sua doce voz; é ela que impede todo selvagem robusto de arrebatar a uma criança fraca ou  a um velho enfermo sua subsistência adquirida com sacrifício, se ele mesmo espera poder encontrar a sua alhures; é ela que,  em vez desta máxima sublime de justiça raciocinada, ‘faça a outrem o que queres que te façam, inspira a todos os homens esta outra máxima de bondade natural, bem menos perfeita, porém mais útil, talvez, do que a precedente: faze o teu bem com o menor mal possível a outrem” ¹
Retirado do Blog - Michel Aires de Souza                                                                        
 1 Rousseau, J Discurso sobre a origem  da desigualdade entre os homens.

quarta-feira, 28 de março de 2012

O genocídio indígena





O genocídio indígena;

Entre 1870 e 1900, americanos brancos –e alguns negros- colonizaram o imenso total de 430 milhões de acres de terra, que ia do Mississipi ao litoral do Pacífico.  Algumas pessoas procuravam aventuras, outras queriam escapar da rotina dos trabalhos das fabricas, contrariando a visão histórica o Oeste não foi uma válvula de escape, uma saída para tensões econômicas ou sociais.
A fronteira dos EUA chegava até a zona madeireira do Missouri, adiante desta região ficava as planícies, os desertos e as montanhas escarpadas do Alaska até o centro do Novo México, as montanhas rochosas representavam uma enorme barreira, os primeiros exploradores e cartógrafos pensavam que as terras além do Mississipi eram desabitadas.
Entre 1815 e 1860, os mapas americanos mostravam a região como “o grande deserto americano”, nesta região viviam índios que lutavam pela sobrevivência, cavoucando raízes, sementes e colhendo frutos selvagens.

O problema índio;

Para que se conseguisse conquistar o Oeste era necessário resolver um problema o índio, pois aqueles que se estabeleciam nas grandes planícies e das regiões das montanhas rochosas, em número de 225000, ofereciam um obstáculo ao estabelecimento dos brancos;

As mais belicosas tribos que ofereceram resistência;

Os sioux, os blackfeet, os crow, os chayenne; e os arapahoe no Norte;
Os comanche; os kiowa, os ute, chayene meridionais, os apaches e os arapahoe meridionais no Sul;

Montavam e velozes cavalos , bem armados e vivendo de milhões de búfalos que vagavam em liberdade pelos pastos;
Estas tribos haviam lutado duramente contra a invasão branca nos seus territórios, mas infelizmente não foram páreos ao poderio armamentista e a ganância americana;

Esmagando os índios;

Em 1865 vivam cerca de 250 mil índios na parte Oeste do país, tribos como os cherokee e os chippewa ali se instalara após serem expulsos de suas terras no Leste pelo avanço da colonização branca;
Os hopi, zuni, navajo, apache, chinook e shasta já viviam nesta região;
1870 muitas destas tribos já haviam sido destruídas ou reduzidas à submissão;
A maioria destas tribos havia cedido as sua terás para os EUA e os que sobreviveram foram instalados numa reserva chamada Great Salt Lake;
A maioria dos índios da Califórnia sucumbiram as doenças trazidas pelos brancos durante a corrida do ouro em 1849;
1880, havia menos de 20 mil índios em toda a Califórnia.

Lei de Intercâmbio;

Até a metade do século XIX  os americanos considerava as terras do Mississipi como sendo uma grande reserva “ terra de índio” levando para  índios do Leste com tratados e garantias;
1834 foi aprovada a Lei de Intercâmbio proibindo qualquer pessoa branca de entrar lá sem autorização;

A corrida do ouro;

1850 a situação mudou, a corrida do ouro fez com que os americanos avançassem as jazidas e das terras ricas e cultiváveis do Oeste;
1851 o governo abandonou o acordo das reservas indígenas a fim de colonizar a região em favor das grande concentração, pela primeira vez demarcar  fronteiras e limites para cada tribo;
Não durou muito, o índio acostumado a caçar búfalos recusou-se a ficar nas zonas demarcadas;
Os colonos invadiam as terras dos índios e depois chamavam o governo para defendê-los;
1850 os índios foram expulsos do Kansas e do Nebraska;

O massacre dos Cheyenes;

1859 tem-se inicio uma guerra dos colonos contra os índios cheyennes e os arapahos depois dos primeiros terem se instalado em terras de Pekes Peak;
Não sendo páreos para o poderio americano, e não estando acostumadas a guerras muito longas pereciam de fome e falta de armamentos, em 1864 os índios pediram paz;
O chefe Panela Vermelha pensando que haver terminado a guerra acampou com um grupo de 700 índios no Campo de Sand Creek, no sudoeste do Clorado.
Na madrugada de 29 de novembro 1864 milicianos atacaram de porrete, lancetaram e escalpearam homens mulheres e crianças índias;
O massacre indignou e azedou ainda mais a relação dos indígenas da região com os brancos, o governo se mencionou denominando de “violência ultrajante”, mesmo assim duas tribos tiveram de entregar suas terras.

A grande guerra dos Sioux 1865-1867;

Uma imensa invasão de mineradores em Montana provocaria o conflito associado aos planos do governo de construir linhas de trem Bozeman que passariam bem nom meio das terras dos sioux;
O chefe Nuvem Vermelha estava disposto a impedir tal feito;
1866 perseguido por uma coluna do exercito, atraiu-os para um local isolado da floresta, emboscando-os matando 82 soldados sos o seu comando;


Debates sobre as políticas indígenas;

O massacre ocorrido aos soldados americanos gerou inúmeras opiniões a respeitos de destino que deveria ser dados ao s índios possíveis soluções a serem acertadas;
No Leste grupos religiosos e humanitários desejavam uma política de paz humana, educar e civilizar os índios;
Alguns cidadão do Leste questionavam esta alternativa dizendo que os índios eram selvagens e que não poderiam ser civilizados;
No Oeste os colonos defendiam uma política de controle rigoroso dos índios, incluindo imediata retaliação para qualquer tribo que se rebelasse contra eles.

Isolá-los e Civilizá-los era a solução;

Os defensores da paz ganharam o debate;
Suspenderam a construção das linhas férreas de Bozeman;      
O congresso criou a comissão da Paz para acabar o conflito com os sioux;
-pequenas reservas, para isolar os índios em terras distantes;
-ensiná-los a tratar a terra e posteriormente civilizá-los.

Duas áreas foram escolhidas;

Os índios das planícies do Norte iam para Black Hills, no território de Dakota;
Nas planícies do Sul os índios iriam para a região onde é hoje Oklahoma;
Essas áreas eram demarcadas e supervisionadas pelo governo, ali recebiam a ração diária onde muitas vezes os alimentos se encontravam estragados causando a morte de velhos e crianças, passavam frio, pois não tinha madeira para o combustível,   e viviam entre paredes sendo contados todos os dias, causando a desaprovação dos indígenas, muitos fugiram e se rebelaram contra o sistema não aceitavam aquela vida sub humana na qual se encontravam.

As batalhas finais nas Planícies;   

Poucos foram os índios que permaneceram nestas reservas pacificamente, muitos voltaram para as planícies;
Entre 1874-1875 os comanche e os kiowa assolaram a região do Texas até que o exercito os reduziu a submissão, na Guerra do Rio Vermelho;
Os garimpeiros invadindo as terras que outrora eram os índios usavam para caça, os sioux chefiados pelos chefes, Chuva na Cara, Cavalo Louco e o famoso curandeiro Touro Sentado se reuniram para impedi-los;

A resistência dos Índios;

O Tenente coronel ansioso para colher os frutos da vitória pensando estar diante de um pequeno grupo de índios levando cerca de 265 homens acabou enfrentando um grupo de 2500 guerreiros sioux;
O tenente coronel e seus soldados foram exterminados;
Posteriormente os sioux foram derrotados pela sede de vingança que opinião pública lançou sobre o governo;
Algumas lutas perdurariam , mas a resistência por muito tempo era inútil devido ao poderio armentista dos EUA, a Esta altura já dispunham de metralhadoras lançando uma cápsula por segundo, a fome também os aniquilavam;


As danças Fantasmas;

1890 os, os sioux , das reservas amargurados e famintos, começaram a ficar indóceis. Muitos deles voltaram-se para as danças fantasmas, que consistia em os deuses abrirem a Terra tragar os brancos invasores devolvendo os seus territórios;
O governo interveio para interromper a dança, iniciando uma nova onda de matança ocasionando a morte de vários indígenas entre eles Touro Sentado.

O fim da vida tribal;

Em 1870 alguns reformistas acreditavam que os índios deveria ser assimilados individualmente, e que também as reservas custavam muitos aos cofres públicos;
Era necessário usar a educação, política fundiária e Leis para livrá-los da vida tribal;
Cada vez mais os índios eram responsáveis pelos seus atos e crimes, uma vez que o  poder dos chefes tribais foi diminuindo;


Aculturação;

Educadores treinavam jovens para ajustá-los a cultura branca;
Ensinavam a mecânica e agricultura;
Forçavam a cortarem seus cabelos, falar inglês, vestir-se como brancos civilizados e abandonar suas e danças e cerimônias indígenas;

A Lei de Dawes;

A propriedade de terras era o elo final e mais importante destapolítica;
O governo decidiu dar terras aos índio em 1887;
Objetivando acabar com a vida tribal;
Cada chefe tribal receberia 160 acres;
Para que não caíssem nas mãos de especuladores essas terras eras alienáveis por 25 anos;
A  cidadania americana só era aceita depois de passado todo esse processo de “civilização”;
Em 1894 o governo retomou a idéia reduzindo os lotes de terra de 138 milhões de acres de terra para 48 milhões nas quais metade eram imprestáveis.

O Golpe final;

A exterminação dos búfalos;
A matança era indiscriminada para pegar o couro, a língua e a corcunda o resto era posto fora;
Búfalo Bill matava 100 búfalos por dia;
Muitas ferrovias estimulava seus passageiros a matarem nos animais quando passassem por eles;
Quando tiveram que cunhar uma moeda foram a um zoológico par ver como era o animal;
Em 1900 , havia apenas 200 mil índios no país, a maioria nas reservas, a pobreza, alcoolismo e o desemprego o tornaram dependentes do Estado.   


      
Como o cinema trata do assunto do índio;

O índio como um ser selvagem contra os pacíficos colonos;
Nos filmes de bandido e mocinho ninguém é mais bandido que os índios;
Confusão e berros, o mocinho dava as ordens os carroções ficam e círculo. Um índio velho cheio de penas da um berro e agita uma lança;
O tiroteio começa caindo índio pra tudo que é lado. Acaba a munição. Como num passe de mágica aparece a cavalaria americana e milhões de casacos azuis encurralando um bando de índios acabando com eles.
O mocinho beija a mocinha e THE END.
Em nenhuma forma e exaltado que os índios são um povo altivo e nobre com uma cultura própria, que só entra em guerra defendendo seu direito de viver nas terras que sempre foram suas.



 





sábado, 24 de março de 2012

Valorização do professor

Educação freia IDH brasileiro

Dos itens analisados para medir Índice de Desenvolvimento Humano, pior desempenho do país está na média de escolaridade

 Com uma média de escolaridade de 7,2 anos – semelhante à de países muito mais pobres, como Gana – puxando para baixo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Brasil ficou na 84ª posição entre 187 países no ranking divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O país avançou uma posição em relação ao ano passado e tem desenvolvimento humano considerado alto segundo o cálculo, baseado em três fatores: saúde, Educação e renda.

No ranking deste ano, a Noruega voltou a ocupar o topo da lista, seguida por Austrália e Holanda (veja a lista completa ao lado). No ano passado, o Brasil aparecia na 73º posição entre 169 países – mas, como a metodologia usada para definir o IDH mudou, o país estaria em 85º em 2010, segundo o Pnud.
Assim, pode-se dizer que em 2011 o país ganhou uma posição no índice. Uma versão que é contestada por Flavio Comim, professor de Economia da UFRGS, responsável pela divulgação do IDH entre 2006 e 2010.

– O Brasil está 11 posições abaixo do ano passado e foi ultrapassado por países como Venezuela e Geórgia. Estamos crescendo cada vez menos, principalmente nas áreas da saúde e da Educação – afirma Comim.

Os números usados pelo relatório para medir a Educação (média de escolaridade e expectativa de escolaridade) refletem um trabalho que o país ainda não conseguiu realizar: manter os
estudantes no colégio. Enquanto o Brasil tem uma expectativa de escolaridade de 13,8 anos, a escolaridade real dos acima de 25 anos, no entanto, é de apenas 7,2 anos.
Isso indica que uma criança brasileira tem chances reais de completar o Ensino Médio e entrar em uma faculdade, porque há vagas e o ensino básico brasileiro obrigatório é de 12 anos. Na prática, porém, boa parte delas abandona os bancos escolares antes mesmo de terminar o Ensino Fundamental.

Os dados do PNUD apontam que, desde 2000, o Brasil avança 0,69% ao ano no IDH. Nos últimos seis anos, o país subiu quatro posições no ranking mundial, tendo sido classificado, em 2007, pela primeira vez, como de alto desenvolvimento humano.
O avanço brasileiro, no entanto, está ficando mais lento. Resolvidos os grandes problemas, esbarra-se agora no mais difícil: não basta apenas a quantidade, é preciso resolver a qualidade.

Ainda assim, os avanços sociais são responsáveis por levar o Brasil a melhorar seu IDH na última década. A expectativa de vida ao nascer – que pode ser considerada uma síntese de melhorias como prevenção de doenças e
acesso a água potável – é a principal alavanca do IDH brasileiro.
Entre 2000 e 2009, esse índice aumentou praticamente cinco anos, alcançando os 73,5 anos registrados no relatório divulgado ontem.
Zero hora